“A
autorrealização não constitui a busca última do ser humano. Não é sequer uma
intenção primária. A autorrealização transforma-se num fim em si mesmo,
contradiz o caráter autotranscendente da existência humana. Assim como a
felicidade, a autorrealização aparece como efeito, isto é, o efeito de um
sentido. Apenas na medida em que o homem preenche um sentido lá fora, no mundo,
é que ele realizará a si mesmo”. Viktor Frankl
Uma
preocupação impera nas mentes, que é a capacidade de o homem se transcender a
si mesmo. Só que esta transcendência tem vindo a circular de forma errónea
daquela de cujo significado mais verdadeiro se compõe a dinâmica por detrás
dessa palavra/ação. Já
vimos que o tempo moderno está infestado de competitividade não da mais salutar
para o equilíbrio e realização do ser humano. Os valores e respeito pela
condição humana são facilmente ultrapassados. O ser humano já tem dificuldade
em se distinguir a si mesmo, de se reconhecer, tal é o murmúrio que se apoderou
da sua mente.
A
procura da valorização pessoal e de ver-se valorizado, tem vindo a remeter o
homem para trilhos entrilháveis, onde as suas prioridades de valores ficam
muito aquém do desejado. A
transcendência para a qual se remete, segundo a sua interpretação, é a da
autossuperação como fim de atingir o palpável, visível, reconhecimento, como
forma de se superiorizar aos demais, ou seja, condecorações efémeras. Este é o
jogo e a luta pelo poder que mais não representa que o símbolo do descrédito
que o homem tem por si mesmo.
Entre
tantos, muitos seres humanos há que simplesmente permitem que a vida
transcorra, não lutam com…, pelo…, e porque…,. Sabem aonde querem chegar. Têm
um sentido ao que chegar. Estão cientes da sua valorização pessoal enquanto
seres humanos, não ultrapassam sentidos proibidos, não atropelam, não colocam
um olho em cada um dos seus ângulos. Acreditam em si pelo que são e não pelo
que fazem deles, não se deixam fatigar numa atenção desmedida de desatenção.
Caminham calma e serenamente, a passo certo, sem tropeços. E chegam lá! Não ao
posto elevado na função da hierarquia, seja em que sentido, mas à sua fonte de
sentido baseado num propósito. Chegam
ao seu interior mais interno, ao estado de paz, à felicidade não perseguida mas
conseguida. Porquê? Porque não fugiu do mais valioso para a sua existência. Não
fugiu de si mesmo. Encontrou-se. Transcendeu-se.
Muitos
são os que, por inerência das deambulações vivenciais, percorrem caminhos tão
distraidamente que não se dão tempo sequer de contemplar a paisagem, de se
deixar perder pela beleza do trajeto. Seu foco de visão está apenas centrado
num ponto: chegar a… Quanto mais caminham mais longe se torna o percurso,
porque este sentindo-se perseguido, foge e jamais será alcançado.
Este
é um viver que não é existência de vida. A vida surge naturalmente desde que
abertos e disponíveis para a receber. Não se permitam aprisionar dentro de vós
mesmos. Transcender-se não em busca do palpável, audível, mas sim através dos
sentidos não físicos.
Há
uma conotação de confusão humana entre “superação” e “transcendência”. A
primeira, no entanto, tem uma ligação com o lado prático da existência, por sua
vez, a segunda tem a ver com o mundo interior de cada um, com a honradez do
obstáculo ultrapassado, com o silêncio da alma, com a gratidão para com a vida.
Quando
as mentes forem silenciadas dos burburinhos que as invadem, todo o ser humano
terá a capacidade de se “transcender”, para aquela que não deixa de ser a sua
busca: A PAZ.
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